ouço, logo vejo

A audiodescrição tem como principal objectivo a inclusão de pessoas com deficiência visual nas várias manifestações artísticas e culturais.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A Equipa do Projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT – oiço, logo vejo deseja-lhe umas Boas Festas.

Depois da realização das duas primeiras fases, inicia-se a última e mais importante fase deste projecto, a implementação nacional do recurso audiodescrição nos produtos artístico-culturais.

Contamos com o seu apoio para fazermos da nossa sociedade um local cada vez mais inclusivo, em que tudo são escolhas para todos.

Este Natal, invista na Bolsa de Valores Sociais e apoie este projecto que visa uma sociedade de inclusão e acessibilidade cultural mais plena.
Abra os olhos, apoie este “nosso” projecto.


Feliz Natal e Bom 2011!
Comprar acções na BVS:
Vá a www.bvs.org.pt e clique numa das opções que se apresentam no lado direito da página.
Acompanhe-nos no Facebook


Mais informações:
cda.audiodescricao@gmail.com
+351 21 417 62 55

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Equipa do Projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT – oiço, logo vejo deseja-lhe umas Boas Festas.


Depois da realização das duas primeiras fases, inicia-se a última e mais importante fase deste Projecto, a implementação nacional do recurso audiodescrição, nos produtos artístico-culturais.



Contamos com o seu apoio para fazermos da nossa sociedade um local cada vez mais inclusivo, em que tudo são escolhas para todos.


Este Natal, invista na Bolsa de Valores Sociais e apoie este projecto que visa uma sociedade de inclusão e acessibilidade cultural mais plena.

Abra os olhos, apoie este “nosso” projecto.

Feliz Natal e Bom 2011!

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

INARTE - Encontros Internacionais Inclusão pela Arte

O INARTE irá decorrer no Teatro Municipal S. Luiz de 12 a 19 de Dezembro.

De destacar que o espectáculo de Dança "Depois", da CiM – Companhia Integrada Multidisciplinar, na sessão do dia 18 de Dezembro contará com o recurso de audiodescrição.

Este espectáculo integra bailarinos com necessidades especiais (Paralisia Cerebral) com bailarinos profissionais.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Cego dirige filme que pretende ser marco na história do cinema

Pela primeira vez na história do cinema brasileiro, uma curta-metragem está a ser dirigida em Brasília por um realizador cego, num exemplo de como o preconceito pode e deve ser superado.
João Júlio Antunes, 44 anos, perdeu a visão aos 30, devido a uma rara doença genética,chamada retinose pigmentar, que causa a destruição das células da retina, refere a agência Lusa.
Mas nem a cegueira, nem a morte prematura dos pais ou a deficiência renal, que o colocou na fila de espera por um transplante, o impediram de realizar o sonho de
tornar-se um cineasta.
Vencendo todos os preconceitos, conseguiu o apoio da Secretaria de Cultura do Distrito Federal e de empresas como a Petrobras para rodar o filme «Uma vela para Deus e outra para Beto», que deve ser finalizado ainda este mês.
«Eu cheguei a ouvir pessoas a dizer: `Coitado! Um cara cego e quer dirigir… Alguém
tem que dizer para ele que isso não pode, que cinema é uma arte visual`. E eu estou
aqui mostrando que não é assim », afirmou o realizador à agência Lusa.
João Júlio Antunes considera a sua vida uma história de superação e aconselha a todos
Que lutem pelos seus sonhos. «Tudo o que você quer, que você sonha, que você deseja, que você vai atrás, você consegue», garantiu.
A memória visual forte que ainda tem dos tempos passados, a audição aguçada e a bengala são fundamentais para executar o seu trabalho de realização.
A equipa de filmagem e o elenco consideram um privilégio trabalhar com João Júlio
Antunes, que contagia todos com sua alegria, bom humor e cordialidade.
«Nem parece que ele tem deficiência nenhuma. Ele vive com uma alegria muito grande e, para mim, é um exemplo de vida, de pessoa. Eu estou muito feliz de estar participando neste projecto», declarou à Lusa o actor César Peres Neto.
«A falta de visão dele não transparece como uma limitação. O lado mais incrível de tudo isso não é a história do Beto, que é o personagem, mas a história do João, que é uma figura sensacional», disse à Lusa, por seu turno, João Campos, que interpreta
o protagonista do filme.
«Uma vela para Deus e outra para Beto» conta como um jovem herdeiro de um banco, que tem como conselheiros um monge budista e um padre, resolve mudar radicalmente
de vida.
Por trás das câmaras, a outra história que revela a força e a determinação de um homem cego, negro e pobre que deita por terra os preconceitos.
«Eu quero crer que este filme seja um divisor de águas», disse Antunes à Lusa, lembrando que a curta metragem utiliza a Língua Brasileira de Sinais (Libras), legendas para surdos e áudio-descrição, recurso que permite a inclusão de pessoas com deficiência visual.
«É um filme a que qualquer um pode assistir, um filme para todos», destacou o realizador.
As gravações da curta-metragem começaram em Julho e o filme deverá participar no
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que ocorre em Novembro.
Fonte: Lusa

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Dia internacional da Pessoa com Deficiência

Em comemoração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência segue reportagem que comprova que nada é impossível.

"Os milagres acontecem todos os dias, sem que tenham data marcada no calendário das efemérides - como a que assinalamos hoje, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Tudo depende sempre da perspectiva com que se olha para aquilo que se apelida de milagre. Para quem, como eu, leva a vida de todos os dias como um autêntico milagre, as datas assinaláveis na agenda mediática não significam muito. A diferença entre a Mafalda que anda de cadeira de rodas todos os dias e a Mafalda que anda de cadeira de rodas no dia 3 de Dezembro é apenas a atenção que a comunicação social dedica ao tema.

Hoje, os holofotes acesos e a oportunidade de poder chegar às massas, mesmo fazendo parte de uma minoria, dão-me espaço à opinião. Mas como nós somos também o produto das nossas escolhas, eu escolho usar o meu direito de antena para contar o milagre que vivi há poucos dias. É que mesmo estando sob o rótulo de ‘deficiente desde sempre e para sempre', encontro nas pequenas vitórias da minha existência uma forma de me ‘maravilhar' - palavra que, na sua génese, remete para milagre. No último sábado, em vez de um ‘levanta-te e anda', ouvi um ‘dá à chave e conduz'. Obedeci e consegui. Yes, I drive!

Tudo aconteceu no parque de estacionamento do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. A convite da Mobilitec, fui fazer um teste que mudou a minha noção de mobilidade condicionada. Através da empresa alemã Paravan, onde são concebidas várias ajudas técnicas para possibilitar a condução por parte de pessoas com um grau severo de incapacidade, durante 45 minutos estive ao volante de uma carrinha e não foi só para a fotografia.

As pessoas normais - considerando que normal é não ter qualquer limitação física ou sensorial -, quando são confrontadas com a condução pela primeira vez, têm de ultrapassar a barreira do medo. Mas as pessoas que já vivem sobre rodas têm, primeiro, de ultrapassar outro tipo de barreiras. À medida que fui crescendo (em profundidade, porque em tamanho pouco se nota) aprendi que não ‘podia' andar sozinha. Dar os primeiros passos não dependia de mim. O não era um dado adquirido. Desta vez, através da condução adaptada, descobri um admirável mundo novo.

A partir de agora, o querer, o crer e o ser capaz já só dependem inteiramente de mim. A minha escolha de não ter medo de ouvir um não é aquilo a que chamo milagre. Afinal, conduzir como se estivesse a jogar Playstation não é uma novidade para mim. Somo-lhe só mais 4 rodas. De zero a 20, o instrutor deu-me 14, justificando que seria para não me entusiasmar muito e continuar com as minhas rodas assentes na terra. A viagem está ainda no início, mas eu já apertei o cinto de segurança e tenho a certeza de que quero fazê-la. É o meu ‘Yes, I can!'.

Uma vez que, em breve, vou ter um automóvel preparado para mim, neste dia 3 de Dezembro formulo um desejo: Espero que, nesse momento, as estradas e os condutores estejam preparados para receber os portadores de deficiência. Eles têm o direito de andar na rua. Não só hoje, mas todos os dias do ano.

MAFALDA RIBEIRO

3 de Dez. de 2010"

In http://gotanocharco.bloguepessoal.com/285092/YES-I-DRIVE/

domingo, 28 de novembro de 2010

reportagem "SENTI(N)DO" - Companhia de Actores

Aqui fica a reportagem que a Companhia de Actores fez acerca da Exposição Fotográfica SENTI(N)DO do MEF que a Companhia de Actores audiodescreveu através do projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo.

Esperamos que gostem.

http://companhiadeactores.wordpress.com/

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Gala Sorrir na Educação

É já na terça-feira, dia 23 de Novembro que acontece a Gala Sorrir na Educação.

São dez os projectos que irão receber ajudas nesta Gala que tem como objectivo ajudar a viabilizar diferentes projectos na área da educação para crianças e adultos.

O projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo está entre os dez projectos seleccionados.

Participa na Gala da Educação através do 760 307 400.

Sabe mais em http://www.vimeo.com/16461584 e em www.sorrirnaeducacao.com

Apoia esta causa que apoia a Educação.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

ÚLTIMOS DIAS DE EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA SENTI(N)DO


Ainda tens mais 4 dias para visitar a Exposição SENTI(N)DO, do MEF, na Fábrica da Pólvora das 14h30m às 19h30m.

Todos os visitantes são convidados a experenciar o toque, o cheiro e o recurso de audiodescrição, disponíveis na Exposição.

Aparece e experimenta uma nova sensação.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Reportagem Revista VISÃO


Já saiu a reportagem da Revista Visão que fala sobre a Bolsa de Valores Sociais e sobre um dos projectos que nela se encontram cotados, o projecto da Companhia de Actores, AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo.

A entrevista foi feita no dia da inauguração da Exposição fotográfica "SENTI(N)DO" do MEF que está patente na Fábrica da Pólvora até dia 22 de Novembro das 14h30m às 19h39m e que conta com o recurso de audiodescrição.

Vem visitar a Exposição e experimentar o que é tactear fotos e ouvir a audiodescrição.

Esperamos por ti!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Exposição Senti(n)do



Anaísa (AUDIODESCRIÇÃO), Luís (MEF), Filomena (APEDV), Marta (MEF), João (APEDV)


Esta exposição é visitada por pessoas cegas, baixa visão e com visão com recurso a imagens tácteis, acompanhadas de audiodescrição e com recurso aos odores dos motivos presentes nas imagens.

As pessoas com baixa visão e com visão são vendadas através de uma venda, a sala da exposição encontra-se escurecida, e a percepção da mesma é acompanhada com audiodescrição presencial.

In: http://movimentodeexpressaofotografica.wordpress.com/2010/11/14/exposicao-sentindo/

Iguala-te e percebe o que é AUDIODESCRIÇÃO.PT


Para quem ainda não decidiu investir no projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo, através da compra de acções na Bolsa de Valores Sociais convido-vos a experienciarem a sensação de conhecer uma foto unicamente através do toque.

Sentirão falta de mais informações.

As pessoas com deficiência visual também sentem falta de mais informações quando vão a um cinema, a um espectáculo de teatro, a uma exposição que não disponibiliza o recurso de audiodescrição.

Venham experienciar o que é e finalmente perceber na prática qual o objectivo do projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo.

Exposição "SENTI(N)DO", produção MEF e audiodescrição CDA. Fábrica da Pólvora.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

“As acessibilidades aos edifícios públicos vistas pelos olhos dos cegos”.

Caros Leitores.

Na passada Sexta Feira, dia 29 de Outubro de 2010, na biblioteca Raveiro da Silva em Braga, fui um dos oradores do Seminário “acessibilidade em edifícios públicos”, onde apresentei uma comunicação a que dei o nome “As acessibilidades aos edifícios públicos vistas pelos olhos dos cegos”.

Durante os cerca de 30 minutos em que usei da palavra, apresentei 28 medidas, com vista a contribuir para a eliminação de barreiras que obstaculizem o livre acesso dos deficientes visuais aos edifícios públicos, e a todos os serviços disponíveis em cada edifício.

Partilho convosco o texto integral desta comunicação.

Primeiramente quero felicitar a organização deste seminário, pela oportunidade e premência em abordar esta temática que mexe com o dia a dia das pessoas com deficiência.

Antes de entrar na minha intervenção propriamente dita, queria aproveitar a oportunidade para deixar o repto aos responsáveis da Câmara Municipal de Braga aqui presentes, para contemplarem o serviço de áudio descrição, nas sessões de cinema que hoje foram anunciadas para o Theatro Circo, pela Senhora vereadora com o pelouro da cultura.

Já se realizaram sessões com áudio descrição nos cinemas da Lusomundo, e devo dizer-vos que a experiência foi extremamente positiva porque nos permitiu ficar a conhecer muito melhor a história do filme.

Seria uma honra para a maior e principal sala de espectáculos desta cidade, contemplar um serviço destes.

Posto isto, quero dizer-vos que estou aqui com muito gosto, na minha qualidade de dirigente da delegação de Braga da Acapo, responsável entre outras coisas pelo pelouro da acessibilidade.

Sou um grande entusiasta de tudo o que sirva para promover a autonomia das pessoas cegas e amblíopes.

Cada vez mais, temos a necessidade de encontrar estratégias, que possibilitem a eliminação de barreiras que obstaculizem o livre acesso aos edifícios públicos, e bem assim a todos os serviços disponíveis em cada edifício.

Por isso, quero reflectir de uma forma pedagógica e construtiva sobre problemas e respectivas soluções que devem ser adoptadas, para auxiliar convenientemente uma pessoa cega que acaba de chegar a um edifício público, e que não tem nenhuma referência que a ajude a movimentar-se naquele espaço.

Os edifícios constituídos por dezenas de lojas e serviços, são os que exigem mais investimento e rigor na implementação de medidas que facilitem a orientação e locomoção das pessoas com deficiência visual.

Se considerarmos as especificidades por exemplo de um centro comercial ou de uma loja do cidadão, digo-vos que a primeira coisa que um deficiente visual necessita, é ter a noção do espaço, a forma como o edifício está organizado, para que ele possa ir percebendo a onde fica cada loja ou serviço.

Aqui uma solução passaria por criar maquetas em relevo.
A ideia é que a pessoa cega saiba que num determinado corredor temos a Loja A, a Loja B, a loja C e assim sucessivamente.

Nesta situação, basta sabermos em que loja estamos, e automaticamente sabemos quantas temos de percorrer para chegarmos ao local pretendido.

Uma outra ideia que eu defendo, passa por dar formação em técnicas de guia a seguranças e outros funcionários, que possam acompanhar as pessoas cegas por todo o edifício.

Convém no entanto deixar vincado que esta medida teria de ser encarada como um complemento, ou se quiserem uma solução de recurso.

O ideal é que a pessoa se possa movimentar com toda a independência.

O acompanhamento só seria útil, quando não fosse realmente possível implementar mais nenhuma outra solução, ou então quando for o próprio deficiente visual a pedir ajuda.

Assim sendo, Impõem-se então à adopção de medidas mais audazes, tais como: usar sistemas de orientação por voz.

O funcionamento destes sistemas é muito simples, e ao mesmo tempo útil.

Temos várias soluções no mercado, e em todas elas, o sistema é constituído por dois tipos de equipamentos. Uma unidade fixa, e uma unidade móvel.

A unidade fixa é usada para gravar as mensagens que pretendemos que a pessoa receba.

A unidade móvel anda com o deficiente visual.

Assim, a pessoa quando estiver perto de uma unidade fixa, vai receber a mensagem que foi previamente gravada.

Estes sistemas têm imenso potencial.

Imaginem que num centro comercial, existe uma unidade fixa à porta de cada loja.

Uma pessoa cega, com uma unidade móvel, era informada quando estivesse perto da loja e consequentemente da unidade fixa.

Inclusive, até podemos regular o raio de acção da unidade fixa. Podemos ter situações em que interesse que a unidade móvel receba a mensagem a vários metros de distância, ou então pode dar-se o caso de ser benéfico que a informação seja recebida só quando o utilizador estiver a um ou dois metros da unidade fixa.

Uma outra característica muito importante, e que alguns sistemas de orientação por voz contemplam, é uma bússola falante.

Para os cegos este instrumento pode vir a revelar-se de uma extrema utilidade. Imaginemos que à entrada de um edifício, temos uma unidade fixa que nos diz que para norte é a praça da alimentação, para nordeste os sanitários, e para sul outras lojas. Com a bússola, e ao saber destas coordenadas, a pessoa cega sabe facilmente para que lado tem de caminhar. Para os utilizadores de cão-guia, esta ferramenta é absolutamente extraordinária.

Uma das coisas que o cão não conhece é obviamente o percurso, a não ser que o memorize. Então com este sistema que dá as coordenadas à pessoa cega, basta transmiti-las ao animal, e consegue uma autonomia quase que total.

Conheço muito bem por dentro um sistema de orientação por voz que reúne todas as características anteriormente mencionadas, no caso o Guio Soled Step, e só vos digo que estou extremamente entusiasmado com os testes que fiz, e tenho a certeza que trata-se de uma ferramenta que vai revolucionar a mobilidade dos deficientes visuais.

As principais vantagens destes sistemas, é que são relativamente baratos, cumprem muito bem a sua função, podem ser facilmente actualizados, porque é muito fácil gravar novas mensagens nas unidades fixas, e não necessitam de manutenção.

Para terem uma ideia, uma unidade base poderá custar sensivelmente 100 euros, o que para uma grande superfície, deixem que vos diga, trata-se de um valor irrisório.

Pretendo falar-vos agora das dificuldades sentidas pelos amblíopes, que são as pessoas com baixa visão.

E é justo que falemos deles, porque infelizmente eles têm sido injusta e incompreensivelmente esquecidos, pela queles que projectam os edifícios.

E embora não pareça, a ambliopia traz associadas várias dificuldades funcionais.

Temos desde logo uma diferença substancial entre uma pessoa com visão limitada, e outra sem visão.

Enquanto uma pessoa cega está imediatamente sinalizada, ou através da bengala, do cão guia ou acompanhante, um amblíope não demonstra à primeira vista as dificuldades que tem.

É muito frequente vermos alguém com visão reduzida encostar as coisas aos seus olhos, apresentar dificuldade em conseguir por exemplo ver os preços e as características dos artigos, pura e simplesmente não conseguir ler um papel e ao pedir ajuda ser mal interpretado, e muitas outras situações que acontecem diariamente a quem tem uma deficiência visual, que não é detectável ao primeiro contacto.

Por forma a minorar essas dificuldades, existem várias medidas que podem ser tomadas.

Desde logo, garantir que as informações estejam num tamanho de caracteres bem visível.

Apesar de esta poder ser considerada uma medida óbvia, infelizmente tenho de dizer que à muito pouco cuidado quando se criam as máquinas de senhas e os respectivos painéis que são usados nas filas do atendimento, quando se colocam os preços e as características dos produtos nas respectivas prateleiras e quando se afixam outro tipo de informações.

Toda e qualquer sinalética deve ser bem legível, com letras grandes e simples, e onde se garanta um contraste cromático forte entre o sinal e a parede, e entre as letras e o fundo do sinal.

A localização da sinalética deve ser uniforme, por exemplo, sempre do mesmo lado da porta.

Aqui, não existe consenso à cerca do local a onde ela deve estar.

No entanto, creio que a solução que trará menos riscos passa por a colocar no lado do puxador da porta.
Porque nesta situação, não corremos o risco de ficar presos atrás da porta, se alguém a tentar abrir enquanto estamos a ler.

Aceito que se possa dizer que estamos mais sujeitos a levar com a porta na cara. Mas se virmos bem, num edifício que cumpra as regras de acessibilidade, as portas ao fundo do corredor não ficam no meio. É criado mais espaço no lado do puxador, para permitir a circulação de cadeiras de rodas por exemplo, e então podemos aproveitar esse espaço para ali colocar o sinal.

Não nos podemos esquecer que ao ajudarmos as pessoas com baixa visão, estamos também a ajudar todos os restantes concidadãos que têm visão normal.

No que diz respeito à luminosidade, devem ser tidos em conta os seguintes aspectos.

É importante garantir que o edifício apresenta uma luminosidade uniforme e sem sombras fortes.

Alguns amblíopes não conseguem distinguir uma sombra de um objecto.

Este facto, condiciona a mobilidade da pessoa no edifício, porque a induz em erro. O amblíope como não tem a certeza se o que está a ver é uma sombra ou um objecto, vai caminhar com medo, e também irá ter a tendência de andar aos ziguezagues pelo corredor, confundindo até as outras pessoas, que não vão compreender porque é que o amblíope anda constantemente a desviar-se das sombras.

Outra recomendação importante.

No balcão de atendimento de um serviço público, é de todo conveniente que exista a possibilidade de aumentar a luz, quando algum amblíope precisar. Por exemplo se estiver a preencher um papel, a pessoa pode necessitar de luz adicional para se sentir mais à vontade e mais confortável.

Este problema pode resolver-se de uma forma muito simples. Basta haver um candeeiro de secretária que o funcionário possa ligar quando o utente precisar de mais luz.

Nas portas em vidro, devem ser colocadas na horizontal barras com uma cor diferente.

Isto serve para que o amblíope consiga distinguir a porta, porque se ela for lisa, a pessoa pode não conseguir ver o vidro, e bater contra ela.

Essa situação já está aliás prevista na lei.

O decreto lei 163/2006, diz que as portas e paredes com grandes superfícies envidraçadas, devem ter marcas de segurança bem visíveis, a uma altura entre 1.2 a 1.5 Metros.

Porém, aquilo que eu defendo e que em minha opinião configura uma atitude mais consentânea com as boas práticas, é um pouco mais exigente e ambicioso.

Proponho 3 marcas com alturas diferentes.

Uma ao nível dos olhos de um adulto, entre 1.6 a 1.7 Metros.

Outra mais baixa, ao nível dos olhos de uma criança, ou de pessoas em cadeira de rodas, com uma altura que pode variar entre os 85 Centímetros e 1 Metro.

E finalmente, defendo a colocação de uma outra marca junto ao chão.

É que existem muitas pessoas que caminham sempre a olhar para o chão, e precisam também de um contraste cromático com a finalidade de chamar a sua atenção para a porta de vidro.

Uma outra barreira que tantas vezes provoca lesões aos cegos e amblíopes, são as cabines telefónicas com os orelhões em vidro.

Os amblíopes ficariam muito satisfeitos se em cada um desses orelhões houvesse uma marca no rebordo, com uma cor contrastante.

E os cegos ficariam igualmente felizes se o vidro se prolongasse até ao chão, para assim poder ser detectado com a bengala.

Como alternativa, o suporte em metal podia fazer uma curva na base, e projectar-se à mesma distância do vidro. Dessa forma, a bengala ao invés de tocar no vidro tocava na base, e mais importante evitava que a pessoa cega pudesse dar ali um encontrão.

Aliás, este princípio que agora defendi para os orelhões, aplica-se a todos os objectos que estão na rua. Para as pessoas cegas, é muito perigoso quando existem obstáculos a meia altura. Como eles não são detectáveis através da Bengala, o cego vai bater neles pela certa. Assim, todos os obstáculos que estão nos passeios devem ter a base até ao chão, para que a pessoa lhe possa bater com a bengala.

Uma outra barreira que pode ser muito perigosa para amblíopes e cegos, são as escadas.

É verdade que uma pessoa cega ao fazer a técnica correcta deverá detectar a escada. Mas mesmo assim, pode haver uma falha, e ela não ser identificada. Mas para os amblíopes que regra geral não usam bengala, o risco de acidente ainda é maior.

A fim de evitar possíveis quedas, devem ser tidos em conta os seguintes 4 itens:

Assinalar a presença de escadas com uma mudança de piso.

Esta situação já está aliás prevista na lei, através do decreto lei 123/97. Existem no mercado, diversos materiais que possibilitam a criação de pavimentos tácteis. Nos interiores, a borracha é um dos materiais mais aconselhados, mas os arquitectos têm liberdade para escolher outro tipo de material.

Se esta boa prática for seguida, a pessoa vai a caminhar, e quando sentir com os pés que o piso mudou, fica imediatamente alerta para o que vem a seguir.

O rebordo das escadas deverá ser assinalado igualmente com um contraste cromático.

Essa situação já está prevista com o decreto lei 163/2006.

Este contraste é relativamente fácil de criar. Defendo a utilização de material antiderrapante, que aumenta e beneficia a segurança de todos.

É igualmente importante que o corrimão nos guie por todo o comprimento da escada.

Por vezes temos casos em que ele acaba antes do fim da escada, e a pessoa que se vai a guiar, pensa que os degraus terminaram e pode obviamente tropeçar.

Deve ser sempre possível andar em contacto com o corrimão, os suportes que saiam da parede ou do chão, não devem obrigar a pessoa a retirar a mão.

Se uma escada tiver um ou mais patamares, o corrimão deverá prologar-se pelos mesmos encaminhando a pessoa até ao próximo lanço de escadas.

Finalmente, quero falar das escadas rolantes.

Regra geral, as pessoas cegas movimentam-se bem neste tipo de escadas. O piso que as antecede é diferente, e basta a pessoa ir atenta ao corrimão e percebe quando é que a escada começa e quando acaba.

No entanto, alguns centros comerciais, designadamente os da Sonae, teimam em utilizar uns postes que nos dificultam a mobilidade.

Primeiro, estes postes não são facilmente vistos pelos amblíopes, que não tão poucas vezes como isso chocam contra eles. E em segundo, os cegos, ao se aperceberem que estão próximos de uma escada rolante, não utilizam a técnica dos dois toques, e arriscam-se também a bater contra os postes.

A Acapo já protestou junto da Sonae, mas até ver ainda não os conseguimos convencer.

O problema é que eles advogam que estes postes impedem que as pessoas circulem com os carrinhos de compras, ou os carrinhos de bebé, e assim segundo eles este sistema evita os acidentes.

Mas também já aconteceu as pessoas ficarem sem um dedo, sem cabelo ou sofrerem outro tipo de lesões. São acidentes que sucedem fruto da sua negligência. Seguindo a linha de raciocínio dos responsáveis pelos centros comerciais da Sonae, teriam mesmo de desactivar por completo as escadas rolantes, para não haverem acidentes!

Felizmente que não conhecemos outros centros comerciais com estes postes nas escadas, esperemos que não pegue moda, e que entretanto quem de direito corrija o que em nossa opinião está mal feito.

Os elevadores é outro problema para os indivíduos cegos, e também em parte para os amblíopes.

A primeira dificuldade que encontramos, é logo o facto de muitas vezes os botões do elevador não estarem etiquetados em Braille. Apesar de isso já ser obrigatório, muitos edifícios ainda não cumprem a lei.

Esta falha impede a utilização do elevador por parte do cego, uma vez que cada um tem os botões expostos de maneira diferente, e é impossível saber quantos andares têm aquele edifício, e se o elevador passa ou não o rés do chão.

Outra coisa que beneficiava muito as pessoas com problemas de visão, era fazer com que o elevador avisasse em voz alta o piso que acabava de chegar.

Muitas vezes, mandamos o elevador para um determinado andar, e entretanto alguém o chama num piso inferior ao que nós pretendemos ir, e acabamos por ir parar ao sítio errado.

Ainda neste sentido, sugiro que seja colocada uma placa em Braille e caracteres ampliados com o número correspondente a cada piso, preferencialmente por cima do botão de chamada do elevador.

Isto vai permitir que a pessoa com deficiência visual tenha a certeza do número do piso em que se encontra, e nos casos onde não houver suporte de voz dentro do elevador, é mais fácil localizarmo-nos, porque sempre podemos sair fora do elevador e ver o número do andar em que estamos.

Penso que é perfeitamente possível adoptar estas duas medidas, e até legislar por forma a torná-las obrigatórias.

Por um lado, não é nada difícil instalar dentro do elevador um dispositivo que anuncie em voz alta o número do andar em que ele para.

E a colocação das placas é algo francamente simples e barato.

Uma outra boa prática que sugiro passa por identificar muito bem o comando do piso de saída.

O botão pode ser mais saliente do que os outros, ou então ter alguma coisa à volta, por exemplo um anel em borracha verde. O objectivo é que a pessoa saiba que aquele botão é único, e que está no piso de saída do edifício.

Defendo ainda que cada vez que o utilizador prima o botão de chamada do elevador, seja emitido um sinal luminoso.

Isso é útil não só para os amblíopes, mas também para toda a gente, que assim sabe que o comando de chamar foi accionado com êxito.

Por outro lado, alguns amblíopes conseguem olhar fixamente para o comando do piso onde pretendem sair, e quando a luz se apaga sabem que chegaram ao seu destino.

Uma outra dificuldade que as pessoas com problemas visuais têm, é acederem aos Caixas multibanco.

Actualmente, algumas caixas disponibilizam um menu por voz.

Quem desejar experimentar, basta introduzir o cartão, depois o código, e premir o número 5 se a caixa tiver colunas e a versão de software compatível, vai ouvir uma voz a anunciar uma série de opções.

Este sistema já tem vários anos, e hà muito que deveria ser actualizado, inclusivamente, muitas caixas ATM já nem sequer o têm disponível.

A solução passa por criar uma nova versão deste software, para melhorar o serviço prestado, que no meu ponto de vista está muito desadequado, pelas seguintes razões:

Começa logo pelo facto de não termos controlo de volume. Umas caixas falam muito baixo, outras por sua vez falam extremamente alto. Quando isso acontece, qualquer pessoa que esteja a passar ali perto, mesmo sem crer vai ficar a saber o que estamos a fazer.

Posso dar-vos um exemplo curioso e paradigmático:
A caixa diz: “Prima 1 para levantamentos em euros”. Quando carregamos no número 1, a máquina diz: “Indique a importância que pretende levantar”. E à medida que vamos digitando o número correspondente ao valor que queremos, o mesmo é reproduzido em voz alta.

Uma pessoa curiosa e sem grande esforço, fica a saber quanto dinheiro nós estamos a levantar. Convenhamos que nos tempos que correm, isso não é nada seguro. E se por causa das nossas limitações visuais, estamos mais vulneráveis, com este espectáculo todo proporcionado pelo som que sai das colunas da Caixa ATM, e com alguém mal intencionado que esteja por perto, estão reunidos todos os condimentos para que possamos ser assaltados por exemplo.

Agora imaginem outro cenário ainda mais bizarro. A pessoa não tem saldo suficiente, e a máquina em altos berros desata a gritar, dizendo que a operação não é autorizada.

Efectivamente aí já não corremos um risco tão grande de sermos violentados, mas temos de concordar que é de todo desagradável que alguém ouça a máquina a insinuar que não temos saldo disponível para realizar a operação que pretendemos!

Para resolver este problema poder-se-ia adoptar uma solução bastante simples.

Basta que as caixas contemplem um mecanismo de controlo de volume, e que suportem a entrada para auscultadores.

Também as operações que este sistema permite realizar, são no meu ponto de vista francamente escassas.

Podemos levantar dinheiro, alterar o código do cartão e aceder à opção pagamento de serviços.

O ideal seria que todas as operações estivessem acessíveis no menu de navegação por voz.

Se não for possível incluir todas, defendo nesta primeira fase a implementação dos seguintes serviços:
Acesso ao serviço MBNET que é utilizado por muitos de nós, carregamento de telemóveis, consulta de saldo e de NIB, serviço telemutibanco, transferências, e naturalmente manter as poucas operações que já se encontram disponíveis.

Uma outra sugestão que deixo, passa por incluir no chip dos cartões Multibanco um comando, que fizesse com que a máquina começasse logo a falar mal a pessoa cega introduza o seu cartão.

Naturalmente, teria de ser o cliente a pedir ao banco que introduzisse esta funcionalidade no seu cartão, porque a generalidade dos clientes não precisaria deste serviço.

Ainda relacionado com o chamado dinheiro de plástico, falo-vos agora dos terminais de pagamento automático, disponíveis nas superfícies comerciais.

Esta é uma questão aparentemente mais complexa. Actualmente, a pessoa cega passa o cartão para a mão do caixa, este introduz o valor a pagar, e aqui é que reside o problema fulcral. O cego não tem como confirmar o valor introduzido pelo funcionário.

A solução que me parece mais viável, passa por dotar os terminais Multibanco com um sistema de voz, que nos dissesse o valor em causa. Tecnicamente, desconheço se os terminais actuais suportariam esta funcionalidade. O que sei é que temos no mercado relógios falantes que custam menos de 10 euros, o que me leva a crer que este tipo de tecnologia não será assim tão cara.

É que neste caso, não estamos apenas a falar da boa fé do assistente de caixa, temos também de contar com algum engano da sua parte, que mesmo involuntário pode prejudicar seriamente o cliente. Basta considerarmos a hipótese de o funcionário acrescentar um 0 ao valor a pagar.

Ainda ninguém se preocupou muito com este problema, e em minha opinião é uma questão que devia merecer mais empenho por parte de nós todos.

Alguns poderão afirmar que se o valor for anunciado em voz alta, quebra um pouco a confidencialidade do cliente.

Discordo deste ponto de vista, por duas razões.

A primeira, o funcionário só accionava o sistema de voz, se o cliente o solicitasse.

E em segundo, este argumento da quebra de confidencialidade é muito relativo, porque o caixa já diz quanto é que temos de pagar, e quem está ao lado houve à mesma, e também o volume do terminal nunca podia ser muito elevado, porque se tratam de máquinas com altofalantes muito pequenos.

Posto isto, pretendo agora falar-vos de outro problema, que são as filas de espera para o atendimento numa repartição pública.

E aqui temos logo as máquinas de senhas, que representam um grande problema para as pessoas com deficiência visual.

A primeira dificuldade que nos aparece é encontrar a máquina.

De seguida, temos outro problema que é o facto de não conseguirmos ver o número da senha que nos calhou.

E finalmente, em muitas repartições públicas, ainda não se adoptou a boa prática de avisar através de uma informação sonora o número que está a ser atendido.

Nos casos em que essa informação é acedida apenas visualmente, nem sequer os amblíopes conseguem ler os dígitos que passam no painel.

Para resolver este problema proponho a adopção das seguintes medidas:

Ao chegar à repartição, a pessoa com deficiência visual procurava a máquina das senhas, e cada uma teria um botão maior, devidamente identificado em Braille e caracteres ampliados, que ao ser accionado emitia um sinal sonoro ou luminoso.

A ideia é que esse sinal sirva para alertar o funcionário responsável, que viria ao encontro da pessoa cega a fim de a auxiliar a tirar a senha, e posteriormente indicar-lhe o caminho para o balcão que lhe for destinado.

Na repartição haveria um sistema áudio que informava o número das senhas que estavam a ser chamadas, e o respectivo balcão a onde a pessoa se tinha de dirigir. Este sistema é relativamente simples de ser aplicado.

Ele já está disponível em bastantes repartições e instituições, e se virmos bem, trata-se de uma questão de justiça. Porque se os normovisuais conseguem ver no painel os números das senhas, é justo que quem não vê também possa ter acesso a essa informação.

Quando tecnicamente não for possível implementar este sistema, o funcionário deverá anunciar em voz alta o número da senha que vai ser atendida.

Estas medidas que ora enuncio, são fundamentais para promover a autonomia das pessoas cegas e amblíopes.

Apesar de termos o direito ao atendimento prioritário, em muitas repartições públicas é obrigatório tirar a senha para a fila da prioridade, e obviamente os problemas para os cegos mantêm-se à mesma.

Como nota final, queria que ficasse presente a ideia, que todas as medidas e sugestões que eu abordei nesta minha apresentação, visam claramente a integração, e nunca a segregação.

E este aspecto é muitíssimo importante. Tenho de dizer que muitas vezes perdemos o nosso precioso tempo a inventar pseudo soluções, que pese embora serem criadas com toda a boa fé e empenho, ou estão descontextualizadas em relação à especificidade da deficiência visual, ou pior do que isso, são medidas altamente discriminatórias, fazendo passar a ideia que os deficientes visuais precisam de coisas especiais.

De uma vez por todas à que acabar com este mito. O que precisamos é de adaptar os espaços e serviços, e não de criar novos, a fim de serem usados apenas pelos cegos.

Não faltam exemplos de casos, em que até se quis construir um percurso especial para que os alunos com deficiência visual, fossem da paragem do autocarro até à escola.

Se isto não fosse um assunto sério, figuraria bem num qualquer anedotário. Mas infelizmente este não é caso único. E em vez de tornarmos o passeio acessível a toda a gente, eliminando as barreiras que possam impedir a circulação das pessoas independentemente da sua deficiência, defende-se a criação de um percurso para uso exclusivo das pessoas cegas.

Não é assim que caminhamos para uma sociedade verdadeiramente inclusiva!

Sempre que possível, defendo claramente o desenho universal. Porque ao criar os espaços e serviços acessíveis a todos, estamos a adoptar uma solução muito mais fácil, económica, integradora e até humana.

E é com esta ideia que vos deixo. Porque só assim podemos criar condições para que a plena integração social, profissional e cultural dos deficientes deixe de ser uma miragem, e ao invés, seja antes a realização de um sonho.


FONTE: http://www.lerparaver.com/

domingo, 14 de novembro de 2010

Exposição Fotográfica "SENTI(N)DO" com recurso de audiodescrição

E assim chegou ao fim a primeira semana da Exposição "Integrar pela arte". Cerca de 100 visitantes já experimentaram o recurso de audiodescrição utilizado na exposição "SENTI(N)DO".

Sexta-feira (19 Nov), sábado(20 Nov), domingo (21 Nov) e segunda (22 Nov) serão os últimos dias de exposição.

Até para a semana.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Como chegar à Fábrica da Pólvora


Para facilitar a viagem à Fábrica da Pólvora aqui seguem umas indicações:


Automóvel: Auto-estrada A5 (Lisboa/Cascais), Porto Salvo, seguir as indicações - Fábrica da Pólvora; IC19 (Lisboa/Sintra), sair em Barcarena/Massamá, seguir as indicações - Fábrica da Pólvora.

Comboio: Linha de Sintra – Estação de Tercena/Barcarena (10 minutos a pé) ou Estação Queluz/Massamá (autocarro 117, direcção Caxias); Linha de Cascais – Estação Caxias (autocarro 117, direcção Queluz/Massamá).

Autocarro: Lisboa Transportes/LT - Carreira 101– Lisboa Colégio Militar, direcção Tercena; Carreira 106 – Amadora, direcção Carcavelos (Praia).


Vem experimentar o recurso de audiodescrição na Exposição Fotográfica "SENTI(N)DO" - Dias 12,13,14,19,20,21 e 22 das 14h30m às 19h30m na Fábrica da Pólvora.

Vem conhecer o projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo, que tem como objectivo máximo inserir pessoas portadoras de deficiência visual nas mais variadas manifestações culturais.

AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo é uma produção da Companhia de Actores.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Exposição Fotográfica SENTI(N)DO com audiodescrição


A exposição fotográfica SENTI(N)DO estará presente na Fábrica da Pólvora em Novembro.



Haverá sessões de audiodescrição todos os dias.



Vem visitar a exposição e experimentar o recurso de audiodescrição.



AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo, um projecto da COMPANHIADEACTORES, conta com o apoio da Bolsa de Valores Sociais e da Portucale Vox.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A audiodescrever Ratatouille


A preparar um guião de audiodescrição.
Crédito fotográfico: MEF

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Entrevista Programa consigo RTP2 - Graciela Pozzobon

O Prgrama "Consigo" da RTP2 entrevistou a audiodescritora Graciela Pozzobon aquando a sua vinda a Lisboa para ministrar o Curso de Formação de Audiodescrição, produzido pela Companhia de Actores.

Para assistires a esta entrevista clica em http://ww1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=23317&e_id&c_id=8&dif=tv


Ajuda a divulgar este projecto e a implementar o recurso em Portugal!!!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Reportagem programa "Sociedade Civil" 17 Setembro

Assiste à reportagem do programa "Sociedade Civil" do dia 17 de Setembro sobre o projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo, da Companhia de Actores a partir do minuto

A reportagem foi feita em Julho no decorrer da 1ª fase do projecto, o Curso de Formação de Audiodescrição, ministrado pela audiodescritora Graciela Pozzobon.

Apoia o projecto e compra acções na Bolsa de Valores Sociais em http://www.bvs.org.pt/.

10 euros são 10 acções.

Ajuda-nos a incluir!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Exposição Fotográfica SENTI(N)DO

A equipa de audiodescritores da Companhia de Actores encontra-se neste momento a preparar os textos de audiodescrição das fotos que fazem parte da exposição "SENTI(N)DO".

Esta exposição nasce de uma parceria criada entre o Movimento de Expressão Fotográfica (MEF) e o projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo.

Todas as fotos expostas serão audiodescritas permitindo, assim, a plena acessibilidade a pessoas portadoras de deficiências visuais.

Dentro de poucos dias comunicaremos datas e local.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Equipa de audiodescritores - Companhia de Actores


Finalizada a 1ª fase do projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo esta é a equipa de audiodescritores da Companhia de Actores que se encontra apta a inplementar o recurso em qualquer produto artístico em Portugal.
Ajuda-nos a ajudar. Compra acções do projecto na Bolsa de Valores Sociais! 10 acções são 10 euros.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Programa Consigo da RTP2 divulga AUDIODESCRIÇÃO.PT

Foi no passado dia 4 de Junho que o projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT da Companhia de Actores foi apresentado no programa Consigo da RTP2.

Veja a entrevista em http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=23317&e_id=10&c_id=8&dif=tv (a partir dos 6m e 14 s)

terça-feira, 22 de junho de 2010

O Curso de Formação de Audiodescrição já começou, a equipa está criada. O nosso 1º guião de audioescrição está terminado.

Faltam poucos dias para que possamos implementar o recurso em todas as manifestações artísticas.

Incluir é palavra de ordem.


Abre os olhos, apoia esta iniciativa através da compra de acções do projecto na Bolsa de Valores Sociais em www.bvs.org.pt (10 acções são 10 euros)

sexta-feira, 11 de junho de 2010


É já na segunda-feira, dia 14 de Junho, que a equipa de audiodescritores da Companhia de Actores iniciará a sua formação com a audiodescritora pioneira desta actividade no Brasil, Graciela Pozzobon.

A partir de Julho iremos implementar o recurso em todas as manifestações artísticas.

Porque incluir é a palavra de ordem!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Curso de Formação de Audiodescrição

Faltam 6 dias para o início do Curso de Formação de Audiodescrição.

Dentro de 1 mês a Companhia de Actores terá uma quipa de audiodescritores capazes de implementar o recurso em todas as manifestações artísticas e culturais.

Se quiseres ajudar ao desenvolvimento do projecto compra acções na Bolsa de Valores Sociais (www.bvs.org.pt). 10 acções são 10€. Abre os olhos, apoia esta iniciativa!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Últimas vagas para o Curso de Formação de Audiodescrição

As 3 primeiras candidaturas a chegarem ao e-mail cda.audiodescricao@gmail.com recebem um desconto de 35% sobre o valor do curso.

Aproveita e formaliza a tua candidatura já!

Campanha válida até 4 de Junho.

Ficha de inscrição e regulamento em www.companhiadeactores.com e www.audiodescricaopt.blogspot.com

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Campeonato do Mundo da África do Sul contará com o recurso da Audiodescrição

Fifa incrementa audio-descrição nos jogos do Campeonato do Mundo da África do Sul


segunda-feira, 17 de maio de 2010 por ajudas.com



Graças a uma parceria entre a Fifa e a Associação Nacional para os Deficientes Visuais da Suíça e o Conselho Nacional para os Deficientes Visuais da África do Sul, as pessoas com deficiência visual irão poder ter uma experiência diferente em 44 jogos do Campeonato do Mundo da África do Sul.

Em seis estádios do Mundial, 15 assentos serão reservados a deficientes visuais, que poderão acompanhar os jogos com o auxílio de fones de ouvido, por meio de um sistema de descrição diferenciado.

O conteúdo que será fornecido aos deficientes visuais será diferente das transmissões de rádio e TV convencionais. O foco da narração vai ser mais rápida e detalhada, acompanhando o movimento da bola, tendo em consideração, inclusive, a posição dos espectadores no estádio. Outras medidas como a proibição de comentários interpretativos ou carregados de emoção e a transmissão das informações gerais sobre a partida somente antes doo seu início também são características do projecto.

Profissionais ligados ao Instituto para o Progresso do Jornalismo foram destacados para treinar e coordenar o trabalho dos narradores, também jornalistas, enquanto estudantes de Engenharia de Som trabalharão na área técnica, assegurando uma boa transmissão e a segurança de que os deficientes visuais aproveitarão de forma plena a iniciativa.


Estádios que contarão com o serviço de audio-descrição durante o Campeonato do Mundo 2010:



Soccer City (Johannesburgo): 8 jogos
Ellis Park (Johannesburgo): 7 jogos
Loftus Versfeld Stadium (Tshwane/Pretória): 6 jogos
Durban (Durban): 7 jogos
Nelson Mandela Bay (Baía Nelson Mandela/Port Elizabeth) : 8 jogos
Green Point (Cidade do Cabo): 8 jogos

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Candidaturas ao Curso de Formação de Audiodescrição

Faltam 15 dias para o prazo limite de candidaturas ao Curso de Formação de Audiodescrição.

Abre os olhos, inicia uma nova profissão!

Inscreve-te já!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Companhia de Actores apresenta AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo.


Vê tudo no programa Sociedade Civil do dia 7 de Maio, sobre a Bolsa de Valores Sociais.

http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=23283&idpod=39199&formato=wmv&pag=recentes&escolha=#


quinta-feira, 6 de maio de 2010

Programa "Sociedade Civil" na RTP2

Amanhã, sexta-feira, dia 7 de Maio, a Companhia de Actores apresenta o projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT - ouço, logo vejo num programa dedicado à Bolsa de Valores Sociais.

Contamos contigo do outro lado do ecrã.

Saudações Artísticas!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Está a chegar o Curso que vai mudar a vida de muitos portugueses!!

Vem aí o Curso de Formação de Audiodescrição produzido pela Companhia de Actores.

Fica atento...

Saudações Artísticas!!!