Depois da realização das duas primeiras fases, inicia-se a última e mais importante fase deste projecto, a implementação nacional do recurso audiodescrição nos produtos artístico-culturais.
Contamos com o seu apoio para fazermos da nossa sociedade um local cada vez mais inclusivo, em que tudo são escolhas para todos.
Este Natal, invista na Bolsa de Valores Sociais e apoie este projecto que visa uma sociedade de inclusão e acessibilidade cultural mais plena.
Abra os olhos, apoie este “nosso” projecto.
Feliz Natal e Bom 2011!
Comprar acções na BVS:
Vá a www.bvs.org.pt e clique numa das opções que se apresentam no lado direito da página.
Acompanhe-nos no Facebook
Mais informações:
cda.audiodescricao@gmail.com
+351 21 417 62 55
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
A Equipa do Projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT – oiço, logo vejo deseja-lhe umas Boas Festas.
Depois da realização das duas primeiras fases, inicia-se a última e mais importante fase deste Projecto, a implementação nacional do recurso audiodescrição, nos produtos artístico-culturais.
Contamos com o seu apoio para fazermos da nossa sociedade um local cada vez mais inclusivo, em que tudo são escolhas para todos.
Este Natal, invista na Bolsa de Valores Sociais e apoie este projecto que visa uma sociedade de inclusão e acessibilidade cultural mais plena.
Abra os olhos, apoie este “nosso” projecto.
Feliz Natal e Bom 2011!
Comprar acções na BVS
Vá a www.bvs.org.pt e clique numa das opções que se apresentam no lado direito da página.
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cda.audiodescricao@gmail.com
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
INARTE - Encontros Internacionais Inclusão pela Arte
O INARTE irá decorrer no Teatro Municipal S. Luiz de 12 a 19 de Dezembro.
De destacar que o espectáculo de Dança "Depois", da CiM – Companhia Integrada Multidisciplinar, na sessão do dia 18 de Dezembro contará com o recurso de audiodescrição.
Este espectáculo integra bailarinos com necessidades especiais (Paralisia Cerebral) com bailarinos profissionais.
De destacar que o espectáculo de Dança "Depois", da CiM – Companhia Integrada Multidisciplinar, na sessão do dia 18 de Dezembro contará com o recurso de audiodescrição.
Este espectáculo integra bailarinos com necessidades especiais (Paralisia Cerebral) com bailarinos profissionais.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Cego dirige filme que pretende ser marco na história do cinema
Pela primeira vez na história do cinema brasileiro, uma curta-metragem está a ser dirigida em Brasília por um realizador cego, num exemplo de como o preconceito pode e deve ser superado.
João Júlio Antunes, 44 anos, perdeu a visão aos 30, devido a uma rara doença genética,chamada retinose pigmentar, que causa a destruição das células da retina, refere a agência Lusa.
Mas nem a cegueira, nem a morte prematura dos pais ou a deficiência renal, que o colocou na fila de espera por um transplante, o impediram de realizar o sonho de
tornar-se um cineasta.
Vencendo todos os preconceitos, conseguiu o apoio da Secretaria de Cultura do Distrito Federal e de empresas como a Petrobras para rodar o filme «Uma vela para Deus e outra para Beto», que deve ser finalizado ainda este mês.
«Eu cheguei a ouvir pessoas a dizer: `Coitado! Um cara cego e quer dirigir… Alguém
tem que dizer para ele que isso não pode, que cinema é uma arte visual`. E eu estou
aqui mostrando que não é assim », afirmou o realizador à agência Lusa.
João Júlio Antunes considera a sua vida uma história de superação e aconselha a todos
Que lutem pelos seus sonhos. «Tudo o que você quer, que você sonha, que você deseja, que você vai atrás, você consegue», garantiu.
A memória visual forte que ainda tem dos tempos passados, a audição aguçada e a bengala são fundamentais para executar o seu trabalho de realização.
A equipa de filmagem e o elenco consideram um privilégio trabalhar com João Júlio
Antunes, que contagia todos com sua alegria, bom humor e cordialidade.
«Nem parece que ele tem deficiência nenhuma. Ele vive com uma alegria muito grande e, para mim, é um exemplo de vida, de pessoa. Eu estou muito feliz de estar participando neste projecto», declarou à Lusa o actor César Peres Neto.
«A falta de visão dele não transparece como uma limitação. O lado mais incrível de tudo isso não é a história do Beto, que é o personagem, mas a história do João, que é uma figura sensacional», disse à Lusa, por seu turno, João Campos, que interpreta
o protagonista do filme.
«Uma vela para Deus e outra para Beto» conta como um jovem herdeiro de um banco, que tem como conselheiros um monge budista e um padre, resolve mudar radicalmente
de vida.
Por trás das câmaras, a outra história que revela a força e a determinação de um homem cego, negro e pobre que deita por terra os preconceitos.
«Eu quero crer que este filme seja um divisor de águas», disse Antunes à Lusa, lembrando que a curta metragem utiliza a Língua Brasileira de Sinais (Libras), legendas para surdos e áudio-descrição, recurso que permite a inclusão de pessoas com deficiência visual.
«É um filme a que qualquer um pode assistir, um filme para todos», destacou o realizador.
As gravações da curta-metragem começaram em Julho e o filme deverá participar no
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que ocorre em Novembro.
Fonte: Lusa
João Júlio Antunes, 44 anos, perdeu a visão aos 30, devido a uma rara doença genética,chamada retinose pigmentar, que causa a destruição das células da retina, refere a agência Lusa.
Mas nem a cegueira, nem a morte prematura dos pais ou a deficiência renal, que o colocou na fila de espera por um transplante, o impediram de realizar o sonho de
tornar-se um cineasta.
Vencendo todos os preconceitos, conseguiu o apoio da Secretaria de Cultura do Distrito Federal e de empresas como a Petrobras para rodar o filme «Uma vela para Deus e outra para Beto», que deve ser finalizado ainda este mês.
«Eu cheguei a ouvir pessoas a dizer: `Coitado! Um cara cego e quer dirigir… Alguém
tem que dizer para ele que isso não pode, que cinema é uma arte visual`. E eu estou
aqui mostrando que não é assim », afirmou o realizador à agência Lusa.
João Júlio Antunes considera a sua vida uma história de superação e aconselha a todos
Que lutem pelos seus sonhos. «Tudo o que você quer, que você sonha, que você deseja, que você vai atrás, você consegue», garantiu.
A memória visual forte que ainda tem dos tempos passados, a audição aguçada e a bengala são fundamentais para executar o seu trabalho de realização.
A equipa de filmagem e o elenco consideram um privilégio trabalhar com João Júlio
Antunes, que contagia todos com sua alegria, bom humor e cordialidade.
«Nem parece que ele tem deficiência nenhuma. Ele vive com uma alegria muito grande e, para mim, é um exemplo de vida, de pessoa. Eu estou muito feliz de estar participando neste projecto», declarou à Lusa o actor César Peres Neto.
«A falta de visão dele não transparece como uma limitação. O lado mais incrível de tudo isso não é a história do Beto, que é o personagem, mas a história do João, que é uma figura sensacional», disse à Lusa, por seu turno, João Campos, que interpreta
o protagonista do filme.
«Uma vela para Deus e outra para Beto» conta como um jovem herdeiro de um banco, que tem como conselheiros um monge budista e um padre, resolve mudar radicalmente
de vida.
Por trás das câmaras, a outra história que revela a força e a determinação de um homem cego, negro e pobre que deita por terra os preconceitos.
«Eu quero crer que este filme seja um divisor de águas», disse Antunes à Lusa, lembrando que a curta metragem utiliza a Língua Brasileira de Sinais (Libras), legendas para surdos e áudio-descrição, recurso que permite a inclusão de pessoas com deficiência visual.
«É um filme a que qualquer um pode assistir, um filme para todos», destacou o realizador.
As gravações da curta-metragem começaram em Julho e o filme deverá participar no
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que ocorre em Novembro.
Fonte: Lusa
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Dia internacional da Pessoa com Deficiência
Em comemoração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência segue reportagem que comprova que nada é impossível.
"Os milagres acontecem todos os dias, sem que tenham data marcada no calendário das efemérides - como a que assinalamos hoje, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Tudo depende sempre da perspectiva com que se olha para aquilo que se apelida de milagre. Para quem, como eu, leva a vida de todos os dias como um autêntico milagre, as datas assinaláveis na agenda mediática não significam muito. A diferença entre a Mafalda que anda de cadeira de rodas todos os dias e a Mafalda que anda de cadeira de rodas no dia 3 de Dezembro é apenas a atenção que a comunicação social dedica ao tema.
Hoje, os holofotes acesos e a oportunidade de poder chegar às massas, mesmo fazendo parte de uma minoria, dão-me espaço à opinião. Mas como nós somos também o produto das nossas escolhas, eu escolho usar o meu direito de antena para contar o milagre que vivi há poucos dias. É que mesmo estando sob o rótulo de ‘deficiente desde sempre e para sempre', encontro nas pequenas vitórias da minha existência uma forma de me ‘maravilhar' - palavra que, na sua génese, remete para milagre. No último sábado, em vez de um ‘levanta-te e anda', ouvi um ‘dá à chave e conduz'. Obedeci e consegui. Yes, I drive!
Tudo aconteceu no parque de estacionamento do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. A convite da Mobilitec, fui fazer um teste que mudou a minha noção de mobilidade condicionada. Através da empresa alemã Paravan, onde são concebidas várias ajudas técnicas para possibilitar a condução por parte de pessoas com um grau severo de incapacidade, durante 45 minutos estive ao volante de uma carrinha e não foi só para a fotografia.
As pessoas normais - considerando que normal é não ter qualquer limitação física ou sensorial -, quando são confrontadas com a condução pela primeira vez, têm de ultrapassar a barreira do medo. Mas as pessoas que já vivem sobre rodas têm, primeiro, de ultrapassar outro tipo de barreiras. À medida que fui crescendo (em profundidade, porque em tamanho pouco se nota) aprendi que não ‘podia' andar sozinha. Dar os primeiros passos não dependia de mim. O não era um dado adquirido. Desta vez, através da condução adaptada, descobri um admirável mundo novo.
A partir de agora, o querer, o crer e o ser capaz já só dependem inteiramente de mim. A minha escolha de não ter medo de ouvir um não é aquilo a que chamo milagre. Afinal, conduzir como se estivesse a jogar Playstation não é uma novidade para mim. Somo-lhe só mais 4 rodas. De zero a 20, o instrutor deu-me 14, justificando que seria para não me entusiasmar muito e continuar com as minhas rodas assentes na terra. A viagem está ainda no início, mas eu já apertei o cinto de segurança e tenho a certeza de que quero fazê-la. É o meu ‘Yes, I can!'.
Uma vez que, em breve, vou ter um automóvel preparado para mim, neste dia 3 de Dezembro formulo um desejo: Espero que, nesse momento, as estradas e os condutores estejam preparados para receber os portadores de deficiência. Eles têm o direito de andar na rua. Não só hoje, mas todos os dias do ano.
MAFALDA RIBEIRO
3 de Dez. de 2010"
In http://gotanocharco.bloguepessoal.com/285092/YES-I-DRIVE/
"Os milagres acontecem todos os dias, sem que tenham data marcada no calendário das efemérides - como a que assinalamos hoje, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Tudo depende sempre da perspectiva com que se olha para aquilo que se apelida de milagre. Para quem, como eu, leva a vida de todos os dias como um autêntico milagre, as datas assinaláveis na agenda mediática não significam muito. A diferença entre a Mafalda que anda de cadeira de rodas todos os dias e a Mafalda que anda de cadeira de rodas no dia 3 de Dezembro é apenas a atenção que a comunicação social dedica ao tema.
Hoje, os holofotes acesos e a oportunidade de poder chegar às massas, mesmo fazendo parte de uma minoria, dão-me espaço à opinião. Mas como nós somos também o produto das nossas escolhas, eu escolho usar o meu direito de antena para contar o milagre que vivi há poucos dias. É que mesmo estando sob o rótulo de ‘deficiente desde sempre e para sempre', encontro nas pequenas vitórias da minha existência uma forma de me ‘maravilhar' - palavra que, na sua génese, remete para milagre. No último sábado, em vez de um ‘levanta-te e anda', ouvi um ‘dá à chave e conduz'. Obedeci e consegui. Yes, I drive!
Tudo aconteceu no parque de estacionamento do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. A convite da Mobilitec, fui fazer um teste que mudou a minha noção de mobilidade condicionada. Através da empresa alemã Paravan, onde são concebidas várias ajudas técnicas para possibilitar a condução por parte de pessoas com um grau severo de incapacidade, durante 45 minutos estive ao volante de uma carrinha e não foi só para a fotografia.
As pessoas normais - considerando que normal é não ter qualquer limitação física ou sensorial -, quando são confrontadas com a condução pela primeira vez, têm de ultrapassar a barreira do medo. Mas as pessoas que já vivem sobre rodas têm, primeiro, de ultrapassar outro tipo de barreiras. À medida que fui crescendo (em profundidade, porque em tamanho pouco se nota) aprendi que não ‘podia' andar sozinha. Dar os primeiros passos não dependia de mim. O não era um dado adquirido. Desta vez, através da condução adaptada, descobri um admirável mundo novo.
A partir de agora, o querer, o crer e o ser capaz já só dependem inteiramente de mim. A minha escolha de não ter medo de ouvir um não é aquilo a que chamo milagre. Afinal, conduzir como se estivesse a jogar Playstation não é uma novidade para mim. Somo-lhe só mais 4 rodas. De zero a 20, o instrutor deu-me 14, justificando que seria para não me entusiasmar muito e continuar com as minhas rodas assentes na terra. A viagem está ainda no início, mas eu já apertei o cinto de segurança e tenho a certeza de que quero fazê-la. É o meu ‘Yes, I can!'.
Uma vez que, em breve, vou ter um automóvel preparado para mim, neste dia 3 de Dezembro formulo um desejo: Espero que, nesse momento, as estradas e os condutores estejam preparados para receber os portadores de deficiência. Eles têm o direito de andar na rua. Não só hoje, mas todos os dias do ano.
MAFALDA RIBEIRO
3 de Dez. de 2010"
In http://gotanocharco.bloguepessoal.com/285092/YES-I-DRIVE/
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